Muitas vezes alguns comportamentos tidos como rebeldes dos filhos, principalmente pré-adolescentes e adolescentes, mexem com nossa habilidade emocional e faz com que tenhamos a rápida vontade de reagir.
Quem nunca viu sua paciência ir para os ares com:
– Palavras murmuradas;
– Grunhidos, respostas gemidas, bufos;
– Portas batidas com uma força além do normal;
– Olhos girando;
– Cantos de boca sendo repuxados…
Rapidamente pensamos em afronta, desrespeito, falta de educação, mau comportamento e a fila continua.
Podemos considerar nessa fase um “ruído, barulho” dessa fase diferente que vamos passar com eles.
Durante os atendimentos sempre reforço aos pais, que a escolha é sempre nossa: reagir imediatamente ao comportamento ou apenas respirar profundamente e deixá-lo ir e num outro momento mais relaxado e apropriado explicar a eles como nos sentimos quanto isso acontece.
Nessa reação, a comunicação fica estremecida e nosso foco se perde e nada vai se mover em direção a uma aproximação afetuosa e positiva.
Que tal tentar da próxima vez ao perceber que esses “ruídos” te tiram do sério:
- Respirar fundo (inspirar e expirar) no mínimo três vezes, sentindo o ar entrar e sair;
- Olhar além do comportamento dele, tenha empatia com a emoção que ele está sentindo e a sua; (“Puxa filho(a) eu sei o quanto é chato parar no meio de um jogo divertido! Por exemplo)
- Explorar as suas suposições (“As crianças devem cumprir sem reclamar” vs. “As crianças têm o direito de expressar frustração, mesmo sobre os limites que eu apresento.”). Não é sobre ter razão e sim sobre proporcionar um momento de harmonia;
- Pausar a conversa, explicando o que você está sentindo. (Nesse momento eu me sinto chateado com a forma que você me respondeu, voltamos a conversar daqui a 20minutos);
- Saia de cenário, caminhe para outro lugar, outro cômodo;
- Desabafe com sua rede de apoio (sempre ajuda);
Lutar contra o impulso de reagir é sempre difícil e não aprendemos o equilíbrio na primeira vez, é um treino. E cá entre nós, de vez em quando, deixe as coisas acontecerem para que você possa manter o foco no quadro geral.
Mas Nana sempre deixá-lo ir, assim fácil? Não, claro que não. Mais tarde, quando todos estão calmos, você pode falar sobre isso juntos, pensando em maneiras de comunicar frustração, decepção e raiva com respeito.
Reações exageradas são uma parte típica deste estágio de desenvolvimento, inclusive nós pais imperfeitos também temos nossos dias assim.
Mas nem todo comportamento precisa de uma resposta quando acontece.
Na dúvida, mexeu com você? Ignore o ruído.
E se precisar de um apoio profissional e emocional estou aqui e, se você, quiser me contar dessa experiência vou ficar feliz em saber!
Com carinho Nana.
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