Quem eu sou? Quem escolho ser? Como consigo me perceber sem colocar um viés de imaginação ou pretensão? Quais experiências e memórias criaram a minha autoimagem? Como me enxergo quando me comunico com alguém? Como me enxergo quando se comunicam comigo?
Ninguém é o que é ou age como age à toa. Podemos visualizar sempre um histórico por trás de todas as nossas atitudes, sejam elas naturais ou reativas.
Somos feitos de células, ambiência e referências. E eu creio que somos feitos sim à imagem e semelhança de Deus que tudo cria e transforma, por isso somos tão múltiplos, criativos, ativos e cheios de sincronicidades com esse Universo amplo e com aqueles todos com quem convivemos.
Autoimagem, amor-próprio, autoestima, resiliência, autocompaixão estão todos relacionados num nível de autoconhecimento, por isso a importância de irmos devagar, apreciando cada parte nossa descoberta com consciência.
O que mostramos ao mundo é apenas uma gota da superfície desse oceano profundo que habita nosso corpo, nossa alma.
É preciso praticar em si mesmo compaixão, perdão nos níveis físico, emocional, mental e espiritual para a partir disso, termos um novo olhar sobre os eventos da vida com menos julgamento, crítica, raiva, rejeição, abandono, culpa e outros tantos sentimentos e significados negativos que vamos absorvendo. Diminuir o peso dessas atitudes e sentimentos nos torna mais leves para darmos continuidade na construção de quem somos.
É um presente esse contato com a nossa intimidade e identidade porque assim desenvolvemos e ativamos uma percepção única da nossa realidade e das decisões e escolhas que queremos acreditar e seguir. No entanto, é necessário ficarmos atentos em como validamos tudo isso, uma vez que é tendência humana validar nossas percepções em relação ao outro, numa teia de comparações inadequadas e que não refletem a nossa verdade e mapa de mundo internos.
Há uma grande dificuldade de escutarmos, dialogarmos e respeitarmos a diferença. Num primeiro momento queremos que o outro receba com bom olhar todas as nossas colocações, justificativas, referências, por isso a importância de trabalharmos devagar esse processo de autoconhecimento e busca da sua identidade original, única e autêntica.
Nem sempre é possível confiar em si quando nem ao menos nos conhecemos direito. Aí renunciamos a toda a força que há em nós e passamos para outro, valorizando aquilo que consigo avaliar só no outro. Confiando a minha identidade a quem decifro, observo, enxergo e confio. E, um grande erro pode ser cometido aqui, pois coloco em outras mãos o controle e responsabilidades que são apenas nossas.
Evite se cobrar tanto, busque uma ajuda profissional seja psicológica, um processo de coaching, uma terapia alternativa para que aconteça um centramento, traga uma clareza e sua descoberta seja reveladora. Se dê uma folga de vez em quando, dizer “não” é libertador, experimente e nos conte depois. Preserve sua energia vital com situações do presente, daquilo que tem importância e te trará paz e vá fazendo devagar tudo o que é possível para você se conhecer cada vez mais e melhor. Tem jeito! Entre em movimento, eu estou aqui pronta pra te ajudar caso seja a sua decisão!